alocação de ativos

Alocação de ativos: tudo que você precisa saber sobre

A alocação de ativos deve fazer parte de toda estratégia de investimentos bem-sucedida. Independente da experiência de quem está aplicando, surtirá os melhores efeitos possíveis. Ao investidor iniciante, permite ter um guia no caminho; aos mais experientes, serve de apoio à tomada de decisão.

Este artigo mostrará a você tudo o que precisa saber sobre o assunto. Será uma jornada bastante proveitosa na qual as principais classes de ativos serão explicitadas. Ademais, você também conhecerá todas as estratégias disponíveis na alocação de ativos. Ao final, aprenderá os passos para fazer uma alocação de modo prático. Preparado para a leitura? Então prossiga!

Quais são as principais classes de ativo existentes?

Acompanhe as classes existentes!

Renda fixa prefixada

Na modalidade prefixada, os ativos apresentam uma rentabilidade já precisamente estabelecida. Além disso, são expressos em percentuais absolutos, como 10% ao ano. Dessa forma, independente da movimentação do mercado já se sabe o quanto será rentabilizado.

Renda fixa pós-fixada

Neste tipo de classe de ativo estão incluídos os investimentos em renda fixa que são atrelados a algum benchmark financeiro, como o CDI por exemplo. Os ativos mais comumente encontrados são os CDB’s bancários.

Renda fixa atrelada à inflação

Os ativos atrelados à inflação são uma mistura das outras duas classes já apresentadas. Possuem uma parte da rentabilidade já predefinida e outra que variará com a inflação. Os títulos públicos são exemplos disso, com rendimento apresentado em 5% + IPCA (inflação), por exemplo.

Ações Brasil

Nesta classe de ativo encontram-se todos os investimentos ligados às companhias brasileiras de capital aberto. Como tal, são empresas que têm parte de suas ações listadas em bolsa de valores. Completam o quadro desse tipo de ativo, os ETF’s, as opções e os derivativos.

Ações EUA

Esta classe de ativos inclui todos os instrumentos que negociam no mercado americano. Podem ser representadas por fundos brasileiros que investem em ativos custodiados no país norte-americano. Ter essa classe entre os investimentos da carteira é ótimo para diversificar o risco. A orientação é sempre que se busque por um país de “moeda forte”, como são os EUA.

Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários constituem uma forma barata e acessível de compor uma carteira de investimentos. Tratam-se de fundos que têm grandes imóveis espalhados pelo país. Assim, ao investir nessa modalidade, pode-se auferir ganho tanto com a valorização da cota do fundo como também com a renda advinda dos aluguéis desses imóveis, que são distribuídos entre os membros cotistas do fundo.

Quais são as possíveis estratégias de alocação de ativos?

Agora, vamos descrever as possibilidades de estratégias de alocação.

Alocação dinâmica

Em se tratando de ativos de renda variável, é óbvio que não haverá uma constante ao longo do tempo. Na verdade, é esse fator que caracteriza esse tipo de mercado. Dessa forma, a alocação dinâmica se torna a mais ativa entre todas as alocações por levar em consideração esse fato.

Quem opta por uma alocação desse tipo está constantemente movimentando sua carteira de ativos. Pelo fato de acompanhar as oscilações dos mercados, ocorre frequente mudanças entre os mercados alvos dos investimentos. Caso exista uma percepção que as aplicações em ações terão valorização, não existirá hesitação em trocar o investimento para esse mercado.

Esse é outro ponto de destaque, pois a aplicação em bolsa pode ocorrer até mesmo se existe uma percepção negativa do mercado, ou seja, de que o valor das ações cairá. Nesse caso, a opção é pela operação “vendida”, quando o investidor lucra com a queda das ações.

Alocação tática

Esse tipo de alocação é conhecido pela sua flexibilidade em uma parte pequena da carteira. Ao mesmo tempo que existe um horizonte de tempo de longo prazo nos investimentos, também é cultivado pensamento de aproveitar as oportunidades de curto prazo.

Para isso, uma parte do capital deve ficar disponível para realizar essas aplicações. Em se percebendo que determinado mercado apresenta chance de valorização rápida em um curto espaço de tempo deve-se fazer o investimento. A disciplina para seguir o plano original deve ser mais rígida para que se consiga bons ganhos ao longo do tempo com essa estratégia.

Alocação segurada

Em investimentos dessa natureza, busca-se por limitar eventuais perdas decorrentes de uma má aplicação. O investidor pode desejar obter ganhos rápidos em determinado mercado, mas isso pode não ocorrer e, havendo prejuízo, este deve ser contabilizado.

A alocação segurada é a estratégia que tem esse percentual previamente definido. Dessa forma, caso ele seja atingido, a aplicação em mercados de renda variável deve cessar e mercados mais seguros são buscados.

Essa forma de alocar capital visa frear uma eventual dilapidação dos recursos. Num processo de perdas, pode ser que o investidor “perca a mão” e seus recursos continuem se esvaindo até acabar. Por isso, sempre que o target de perdas é atingido, deve-se parar com investimentos em renda variável e alocar o capital em renda fixa. Com a cabeça fria pode-se reformular a estratégia.

Alocação estratégica

As aplicações dessa modalidade visam o longo prazo. Dessa forma, não se trata de uma gestão ativa, e sim de uma alocação estática. Deve-se ter em mente os objetivos de ganho percentual antes do início do trabalho e buscar uma distribuição equilibrada entre os ativos que comporão a carteira.

Em avaliação, pode-se compor o total dos investimentos meio a meio, levando em consideração os mercados de renda fixa e variável. Como exemplo, podemos citar uma valorização histórica de 10% ao ano na fixa e 20% ao ano na variável. Uma alocação de 50% do capital em cada um desses mercados poderia levar a um ganho anual de 15% no longo prazo.

Vale chamar a atenção para o fato de que oscilações ocorrerão nesse meio tempo. No entanto, não devem ser feitas alterações significativas na carteira. É necessário ter em mente que as alterações de curto prazo não devem interferir no desempenho de longo prazo do investimento.

Alocação integrada

Nestes investimentos costuma-se refinar o processo de análise. Isso porque, a ação não recai apenas sobre o retorno esperado ao longo do tempo. Outras variáveis são levadas em consideração. Em especial o risco dos ativos pertencentes à carteira.

De acordo com cada mercado, a classe de ativos é profundamente analisada para definir os percentuais de aplicações. Como essa alocação envolve ativos de renda variável, o perfil do investidor é outro fator ponderado em todo o processo. Grandes oscilações não são suportadas por investidores conservadores, e isso deve estar presente em uma análise de alocação integrada.

Alocação de ponderação constante

Trata-se de uma alocação bastante inteligente e de gestão continuamente ativa, pois a carteira deve ser rebalanceada (ponderada) sempre que houver uma desvalorização expressiva em seu valor total.

Como não existe um percentual fixo em relação a essa desvalorização, o investidor o deve definir quando do início do processo. Assim, sempre que esse percentual for atingido, nova avaliação deve ser feita e mercados ineficientes no momento devem ser abandonados.

De forma análogo, são os mercados de melhor desempenho os que devem ser procurados em um momento de rebalanceamento da carteira. Em determinados períodos, pode ser que a gestão da carteira se torne bastante ativa e mais atenção seja necessária. Em contrapartida, a proteção ao capital é maior nesse tipo de aplicação e os retornos tendem a alcançar o objetivo proposto.

Como realizar uma alocação de ativos de forma prática?

Aprenda conosco a realizar uma alocação prática!

Defina o percentual de investimento em cada classe de ativo

Essa parte inicial de um processo de alocação requer bastante atenção. Isso ocorre, pois é justamente nesta fase que são definidos os objetivos almejados com a formação da carteira de investimentos. De acordo com cada interesse o percentual aplicado sofrerá variações.

É recomendado gastar tempo de planejamento nesta etapa sem qualquer preocupação. A definição do desenho da carteira permeará todo o período de investimentos. Para alcançar os objetivos propostos é necessário ter um bom ponto de partida. Daí o cuidado com cada percentual alocado.

O perfil do investidor deve ser levado em consideração também. Ele contribuirá decisivamente nos percentuais de cada mercado, pois a tolerância ao risco não é a mesma para cada pessoa. Perfis agressivos tendem a possuir mais aplicações na renda variável, enquanto pessoas conservadoras prezam pelos investimentos com poucas oscilações e, portanto, pertencentes à renda variável.

Saiba quais são os objetivos em cada uma das classes

A partir do momento em que foram definidos os objetivos e, principalmente, os percentuais “macros”, deve-se proceder à distribuição do capital dentro de cada classe em específico. Ou seja, depois de definido que o mercado de ações receberá um percentual X do montante total de recursos, esse percentual necessita ser distribuído.

E assim deve ser feito para cada classe de ativo em que se pretende investir. Nesse sentido, podem ser feitos dois tipos de alocação: o primeiro deles refere-se a uma gestão mais passiva em que os ativos escolhidos são generalistas. Isso acontece com índices de bolsa de valores ou fundos que investem em outros fundos. Dessa forma não se destrincha tanto a aplicação executada.

A outra maneira de realizar a alocação é de forma mais esmiuçada. No exemplo do investimento em bolsa, significa tomar a dianteira das aplicações e escolher exatamente quais ações farão parte do portfólio. Esse tipo de alocação pode ser mais trabalhoso, mas pressupões mais conhecimento da carteira e também a possibilidade de melhores retornos.

Defina o percentual de cada ativo dentro da classe

De posse do percentual a ser investido em cada classe de modo individual, parte-se para a definição de quanto capital cada um dos ativos (que estão dentro das classes) receberá de investimento.

Essa parte costuma necessitar de estudos mais aprofundados. Caso não seja essa a escolha, pode-se buscar uma abordagem mais simplificada. Um bom exemplo é a distribuição igualitária entre todos os ativos escolhidos. Nesse caso, convém um acompanhamento mais próximo para verificar quais os ativos que performam melhor. Esses devem ser conservados ou até mesmo ter a aplicação reforçada.

Especifique a frequência e tamanho dos aportes

Essa orientação tem embutida o viés do planejamento financeiro pessoal. Imaginar que uma carteira deve apenas se remunerar pode tornar os planos mais distantes de serem alcançados. A remuneração própria da carteira é uma das formas de entrada de recursos, mas não deve ser a única.

A outra forma que realmente fará a diferença ao longo do tempo são os aportes regulares. Deve-se definir quanto da renda mensal será destinada para a carteira de ações. Isso potencializa os ganhos ao longo do tempo, pois permite investir o capital naqueles ativos que estão performando melhor.

Outra vantagem é permitir que a carteira seja posta em ordem caso alguma das classes de ativos apresentar declínio acentuado. Na impossibilidade de movimentar o recurso para um ativo mais rentável, dinheiro novo não deve ser posto nesses ativos que estão em uma situação ruim.

Rebalanceie a carteira e revise o plano periodicamente

Esse é um processo crucial em uma estratégia de alocação bem-sucedida. Deve-se ter em mente o período no qual serão feitas novas observações. E é muito natural que, conforme o passar do tempo, a carteira fique desbalanceada e precise de novos ajustes.

Isso acontece toda vez que uma classe de ativos vai mal. Em um longo período, é normal que isso aconteça. Ou ainda, pode ser que outra classe tenha um desempenho fenomenal. Cada situação deve ser avaliada individualmente.

Uma ótima técnica de rebalanceamento de carteira pode ser conseguida por meio dos novos aportes. Caso um dado mercado seja identificado como muito rentável, novos recursos não devem ser aportados nele (por incrível que pareça). Isso se deve ao fato de que tal mercado está em fase de valorização e os novos recursos devem ser empregados naqueles que ainda tem espaço para alta. Isso otimiza o resultado geral da carteira.

A alocação de ativos é parte importantíssima no estudo de formação de uma carteira de investimentos. É por meio dela que surge a oportunidade de ter retornos mais interessantes por conta da escolha dos melhores investimentos. E não somente isso, mas também o percentual distribuído em cada uma das classes de ativos. Escolher uma estratégia adequada de alocação e segui-la com disciplina é certamente uma fórmula para o sucesso.

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