golpes comuns

Conheça os 8 golpes mais comuns que envolvem os automóveis

Insegurança, decepção e prejuízo: essas são as principais emoções das vítimas de golpes comuns no cenário automotivo. Infelizmente, o volume dessas ocorrências é bastante elevado, o que exige uma adaptação rápida do consumidor brasileiro para negociar no mercado. 

Por isso, considerando a importância e a seriedade desse tema, elaboramos este super post sobre o assunto. A nossa missão é passar um panorama completo, apresentando tudo o que você precisa saber para aumentar sua segurança e evitar cair em ciladas. Para isso, segmentamos o post em quatro partes e objetivos.

Primeiro, você entenderá a importância de estar atento aos golpes com veículos. Em seguida, conhecerá as práticas mais comuns e suas particularidades. Depois, aprenderá a evitar essas situações, e ao fim, entenderá a importância de um bom seguro automotivo. Então, não perca tempo e acompanhe!

Por que é importante estar atento aos golpes com veículos?

A prevalência de golpes e fraudes não é um problema exclusivamente brasileiro, mas sim global. O aumento dessas ocorrências cresceu após a popularização das soluções digitais de comércio, como os portais classificados online. Afinal de contas, uma das maiores vantagens do ambiente digital também é uma das suas maiores vulnerabilidades: o anonimato. 

Por conta disso, é muito comum que existam golpes não somente no mercado automotivo, mas em praticamente qualquer setor, em qualquer lugar do mundo. Portanto, a melhor solução para esse dilema não é esbravejar contra a internet, mas educar o internauta. 

Para isso, reunimos nossa equipe para discutir e listar os principais golpes, fraudes e esquemas em nosso mercado. O objetivo é proteger você, leitor, de situações que muitos consumidores já passaram. Afinal, quanto mais informado o consumidor brasileiro, menor será o índice de golpes e esquemas.

Por isso, além de realizar a leitura e absorver esse aprendizado, é muito importante que você compartilhe essas informações, ensinando amigos, parentes e colegas. 

Assim, conseguimos melhorar a segurança coletiva do mercado brasileiro, fazendo com que golpes sejam cada vez mais raros e fáceis de evitar.

Além da sensação de impotência, visto que nem sempre é possível identificar e punir os culpados, a vítima dessas situações precisa lidar com uma decepção extrema, sem contar o enorme prejuízo, tanto financeiro como emocional. 

Por isso, essa é uma leitura fundamental para a sua segurança e estabilidade financeira. Conhecer esses esquemas e suas particularidades é uma forma direta de aprender a evitá-los, efetivamente, protegendo o seu patrimônio no curto, médio e longo prazo. 

Por último, você evita toda a incomodo ligada a esse tipo de acontecimento. Depois de identificar que sofreu um golpe, o consumidor precisa tomar uma série de decisões burocráticas para tentar reverter o prejuízo, ou pelo menos, estancar a possibilidade de novos problemas. 

Essa é a realidade de quem sofre golpes envolvendo documentos. Hoje em dia, os dados valem ouro. Portanto, imagine quanta dor de cabeça você pode ter com o extravio de documentos extremamente confidenciais, como CNH, Renavam, CPF, RG, título de eleitor, endereço e afins. 

Entre os principais problemas, destacamos a clonagem dos veículos. Por meio dessa prática, o grupo criminoso duplica a existência de um modelo na malha veicular. Imagine dois Chevrolet Onix, idênticos e com placas semelhantes. Um é o original de uma pessoa comum, sem envolvimento em atividades criminais. 

O outro foi roubado e “clonado” para assumir a identidade do original, e passou a ser usado em práticas criminosas, como roubo a bancos e residências. Além do incômodo monumental para fazer o desembaraço legal, o proprietário original ainda precisa arcar com uma série de multas e pendências vinculadas à sua placa. 

No fim das contas, todo golpe é estruturado para alcançar apenas um resultado: causar prejuízo em dinheiro para quem é vítima, e enriquecimento ilícito para quem aplica. Por isso, aprender sobre o tema é fundamental até por um ponto de vista de cidadania, ajudando a proteger você e aqueles que você conhece. 

Quais são os 8 golpes comuns envolvendo veículos?

Antes de partirmos para a lista, vale a pena fazer uma observação. Em boa parte dos golpes, é necessário que exista a “vontade” da vítima, não no sentido de querer sofrer o golpe, mas querer a vantagem oferecida por essa “oportunidade”. 

Ou seja, sem colaboração, não há como ter vítimas. Claro, existem casos em que você pode ser vitimado sem nem saber o que está acontecendo, como é o caso da clonagem ou do extravio de documentos. Mas quando olhamos especificamente para o mercado, os golpes seguem uma tendência. 

Sempre há uma supervantagem sendo proposta, algo que foge aos padrões de oferta do mercado. Assim, a “isca” utilizada pelos golpistas é atiçar a curiosidade e o oportunismo do consumidor. Por isso, a melhor forma de evitar esses problemas é combinando lógica, razão e sensatez. 

Por exemplo, vamos pensar apenas na compra e venda de carros. Se você está em uma dessas posições, anunciando ou procurando anúncios, você está em contato direto com o mercado, avaliando o preço dos modelos e, assim, adquirindo um senso do que é real e do que é impossível. 

Lembra daquele ditado “quando a esmola é demais, o santo desconfia”? Pois bem, é uma frase simples, mas que resume de maneira prática a importância de ser pragmático e cuidadoso no mercado. Ninguém vai vender um carro 50% abaixo da FIPE sem que tenha razões duvidosas para isso. Agora, vamos à lista! 

1. Falso mecânico

A começar por um dos golpes mais audaciosos. Essa é uma situação que não acontece no ambiente de mercado, mas no cotidiano. Tudo começa quando, geralmente na rodovia, um condutor na faixa ao lado comenta que o seu carro está vazando óleo, fumaça, barulho ou qualquer outro relato que cause preocupação. 

Receoso, o condutor decide encostar. O golpista faz o mesmo, se identifica como mecânico, oferecendo sua ajuda para avaliar o problema. Logo ao abrir o capô, o golpista pode derramar óleo sobre o bloco para gerar uma grande quantidade de fumaça ou, simplesmente, retirar o cabo da bobina, impedindo que o motor ligue novamente. 

Então, o falso mecânico se prontifica a ajudar. A depender da complexidade do problema inventado, o golpista pode cobrar até R$5 mil para realizar o reparo. Lógico, tudo depende da estrutura que o farsante tem disponível para aplicar o golpe. 

Em uma situação como essa, o melhor a se fazer é simplesmente evitar encostar. O ideal seria ignorar o comentário e ligar para a sua seguradora, consultando a oficina licenciada mais próxima. Aí sim, você tem um ambiente seguro para a revisão do carro, diagnosticando a existência (ou ausência) dos problemas. 

2. Fachada falsa

Já a fachada falsa é um golpe que acontece especificamente no ambiente de compra e venda. Como o nome sugere, a técnica consiste em editar a fotografia de um anúncio em um portal automotivo. A loja original publica o carro na frente da fachada da loja, que geralmente tem um número telefônico.

O golpe consiste na edição deste número, geralmente fixo. Então, com uma estrutura escritorial de mentira (ramais, secretárias e afins), o consumidor liga e acredita estar conversando com uma concessionária real. O golpe final é aplicado quando se solicita o pagamento de um sinal para a reserva do modelo anunciado. 

Depois de receber a transferência, o anúncio desaparece. A melhor forma de evitar esse problema é usando a tecnologia a seu favor. Atualmente, portais como WebMotors e OLX já contam com sistemas de reputação e verificação da identidade dos anunciantes, tanto enquanto Pessoa Física como Pessoa Jurídica. 

Além de só contatar perfis/lojas verificadas, é sensato fazer uma pesquisa razoável da reputação do estabelecimento. Basta jogar o nome da revenda no Google para que você tenha uma avaliação de 0 a 5 estrelas, além do endereço e números de contato oficiais e verificados.

3. Sinal

O golpe do sinal é uma variação sutil da fachada falsa — ou vice-versa, pois no mundo dos golpes, ninguém sabe quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Nesse esquema, o golpista anuncia o veículo nos portais automotivos a um valor muito abaixo do tabelado, justamente para gerar o maior número de contatos. 

Quando recebe o convite para se encontrar, o golpista fala que está recebendo muitos contatos e que já perdeu tempo saindo de casa para lidar com quem não estava a fim de fechar negócio. Sob essa prerrogativa, o golpista pede um sinal, um pequeno pagamento adiantado. 

Se o consumidor for ingênuo de não identificar a situação, ele acaba fazendo a transferência. Assim como na fachada falsa, após concretizado o golpe, o farsante exclui os anúncios e desaparece sem deixar rastros. A melhor forma para evitar esse problema é usando a razão. 

Primeiro, não existe esse negócio de pagar sinal para ver o carro. Você não está indo ver uma peça de museu e nem ao menos encontrar uma celebridade. Não há nenhum fundamento nessa ideia. Portanto, prefira negociar com quem não age no anonimato e está mais do que feliz em te receber para avaliar e negociar o carro. 

4. Veículo de locadora

Já aqui, temos um esquema mais sofisticado, que envolve um número maior de integrantes. Primeiro, o golpista aluga um veículo em uma locadora por um certo período de tempo — que é o intervalo necessário para aplicar o golpe. Então, contando a ajuda ilegal de um despachante, são criados documentos falsos. 

Feito isso, o veículo é anunciado na internet. Eventualmente, os golpistas conseguem vender a unidade. O constrangimento ocorre ao final do contrato de locação. A locadora, em sua posição legal, solicita a apreensão do modelo. Portanto, em poucos dias, o carro é parado e confiscado em uma blitz. 

É nesse momento que o consumidor descobre que o veículo foi vendido por meio de um esquema fraudulento. A locadora vai recuperar o carro, mas o consumidor dificilmente consegue reaver o dinheiro. Portanto, a dica para evitar essa situação é realizar uma pesquisa sobre o histórico do veículo. 

Portais como Olho no Carro, Carcheck e Checkauto são boas soluções para esse problema. Em comum, todos oferecem uma consulta completa sobre o veículo, gerando um dossiê de informações sobre seu registro, além de envolvimento em leilões, sinistros, alienações, acidentes, roubos e furtos, entre outros. 

5. Veículo direto da fábrica

Esse é outro golpe que apela para o oportunismo do consumidor, além de sua ingenuidade. Nesse esquema, o farsante se diz ser representante, colega, amigo ou parente de um funcionário de determinada montadora. Com essa premissa, alega conseguir descontos substanciais na aquisição de modelos zero km, entre 10% e 20%.

Para aumentar a credibilidade do negócio, o grupo criminoso estimula um encontro entre o consumidor e o funcionário da montadora. Logicamente, o ato é uma encenação, elaborada com crachás, papéis timbrados, uniforme e muito mais, tudo para fechar o “negócio”. 

No entanto, o consumidor é confrontado com uma condição. Por ser uma venda “direta”, que será faturada na conta do funcionário, o valor precisa ser pago à vista. Como todo outro golpe, após o pagamento, o grupo criminoso desaparece e o consumidor fica com o prejuízo. A melhor forma de evitar isso, novamente, é usando a razão. 

Quer comprar com um funcionário ligado a uma montadora? É muito simples, vá até a concessionária da sua região. Se você quer um desconto mais específico (e legal) pode tentar a compra direta, em que a aquisição é feita da fábrica para o CNPJ da sua empresa. Qualquer coisa além disso é assumir um risco desnecessário.

6. Veículo fantasma

Também conhecido como o golpe “Gasparzinho”, o veículo fantasma é uma variação criativa de todos os golpes que exigem sinal. Primeiro, há aquela história de sempre: uso de fotografias de outro anúncio e publicação nos portais por um valor substancialmente abaixo do tabelado, algo como 20/30% mais barato que a FIPE. 

Quando solicitados para ver o carro, os golpistas argumentam que o veículo está em outro Estado, mas que podem enviá-lo sem custo para o comprador. Para os poucos que decidem se aventurar, existe um momento de frustração. Os golpistas dizem que receberam outra oferta de um comprador mais próximo. 

A vítima, possivelmente desesperada para não perder o negócio, aceita a ideia de pagar um sinal para a reserva do veículo. Então, tudo se repete. Exclusão de anúncios, contas e qualquer pegada na internet. Para evitar, basta deixar o “desconfiômetro” ligado. Não dá para ver ou testar o carro? Sem problemas, próximo anúncio e bola para frente.

7. Carro prisioneiro

Já aqui, temos outra técnica predatória que mira no oportunismo do consumidor. O grupo pega fotos de veículos em leilão ou em algum pátio de apreensão ao qual tem acesso. O anúncio vai ao ar com um preço absurdamente baixo, pois trata-se de um carro embaraçado na justiça, por multa, dívida ou afins. 

Quando solicitado para ver o carro, sem problemas. Nesse esquema, é comum que o grupo tenha acesso ao pátio de apreensão dos veículos que anunciam. No entanto, quem está vendendo o carro não é dono de coisa nenhuma. Nesse sentido, a transferência é feita, os golpistas somem e o consumidor fica sem nada. 

Para evitar, basta combinar razão e sensatez. Afinal de contas, esse é um segmento real do mercado, carros embaraçados por dívidas, multas ou afins. Mas esses bens são negociados em leilões, por leiloeiros devidamente licenciados, por meio de uma estrutura de lances, certificados e tabeliães.

8. Carro consignado

Já aqui, temos um golpe que prejudica tanto o vendedor original quanto o comprador. O esquema é realizado por revendas automotivas de baixa seriedade. Primeiro, o grupo procura por carros com placa vende-se pela rua. Então, entram em contato com o proprietário oferecendo a venda em consignação. 

Ou seja, dizem que podem anunciá-lo na loja e vender por um valor maior, satisfazendo tanto o proprietário original como eles mesmos. Aqui, existe uma série de golpes resultantes. A primeira possibilidade é que apareçam clientes interessados. 

Então, o lojista imoral dá entrada no processo de financiamento, alienando o modelo e embolsando o valor. Mas então, comunica tanto o consumidor quanto o proprietário original de que a operação não foi aprovada. Outra possibilidade é a loja vender o veículo mas não transferir a titularidade ao novo dono. 

Para o antigo proprietário, comunicam que o veículo foi roubado do pátio. As possibilidades são inúmeras. No entanto, eventualmente, a estrutura da loja precisa ser desmontada, pois como todo golpe, não há como aplicá-lo de maneira sustentável sem que a força legal finalmente apareça. 

Para evitar isso, você que é o proprietário original, não caia nesse papo. Se quer vender você mesmo, utilize as plataformas de anúncio. Quer deixar consignado em uma loja? Tudo bem, mas faça isso em uma revenda bem reputada na sua cidade. 

O mesmo vale para o consumidor. Quer comprar um veículo seminovo ou usado? Perfeito. Mas prefira negociar com boas lojas, bem avaliadas localmente e que não estejam com CNPJ envolvidos em processos escandalosos de golpe, receptação e afins.

Quais as melhores maneiras de se proteger?

Como pôde ver ao final de cada golpe, existem algumas ferramentas e noções básicas para garantir a sua segurança, tanto virtual quanto presencialmente. A primeira dica é deixar o seu “desconfiômetro” ligado. Se o veículo é bom, a situação é legal e o vendedor é ético, não há porque anunciar drasticamente abaixo do preço. 

“Ah, mas ele pode estar passando por dificuldades financeiras e precisa do dinheiro para ontem!” Caro leitor, se esse fosse o caso, ele mesmo revenderia para um lojista, em que você entra com o carro e sai com o dinheiro na mão, (até 30% abaixo) em menos de uma hora, com tudo legal, sem anúncio, incomodo ou contato. 

Além disso, sempre é importante contar com a razão. Nós entendemos que a compra de um carro costuma ser um momento alegre e cheio de emoção. Mas ainda é uma transação financeira elevada, na qual você está adquirindo patrimônio, ou seja, o momento pede por seriedade. 

Outro ponto a se observar é a ingenuidade. Essa questão é especialmente delicada no golpe do falso mecânico. A maior parte da população não entende de mecânica, e não há nada errado nisso. Por isso, a um primeiro momento, pode soar prudente confiar no bom samaritano e em seus conhecimentos técnicos. 

Mas será que você precisa mesmo fazer isso? Se o carro está com algum problema sério ele não notificaria na luz do painel? E mais, se ainda não notificou, significa, pelo menos, que você tem tempo o bastante para chegar até a oficina mais próxima e confirmar a suspeita. Seja como for, não encoste o veículo. 

Isso é especialmente verdadeiro ao dirigir à noite. A depender de como as coisas progridem, você pode ser não apenas a vítima de um golpe, mas também de sequestro, roubo, violências e afins. Por fim, e não menos importante, é importante ajustar o oportunismo. 

De certa forma, o oportunismo é um mecanismo humano. Achar a oferta dourada 50% abaixo do mercado não é um atestado de esperteza, mas, sim, de ingenuidade. Portanto, prefira negociar nos ambientes verificados, com bons lojistas e pessoas sérias que não dependem do anonimato. 

Por que é importante ter um seguro automotivo?

Para encerrar, vale a pena destacar a importância do seguro auto nos dias atuais. Rodar um carro sem seguro é quase um ato de irresponsabilidade, não necessariamente com os outros, mas com a sua própria saúde financeira. Mas além de observar isso, é importante ver como o seguro de carro evitaria uma situação acima. 

Digamos que você está fazendo uma viagem e se depara com um desses golpes do falso mecânico. Em vez de atender a suspeita levantada pelo estranho, você rapidamente entra em contato com o concierge e suporte da sua seguradora, seja por ligação ou aplicativo

Em pouco tempo, você recebe a localização exata da oficina licenciada mais próxima. Além disso, vale lembrar que o seguro oferece segurança patrimonial ao seu veículo e ao seu bolso, indenizando uma série de situações, desde que listada na cobertura contratada. 

Agora que você conhece os principais golpes comuns envolvendo carros, aproveite para aumentar a sua segurança com o seu veículo. Para isso, basta acessar nosso portal e entrar em contato!

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