O que é e como funciona a previdência complementar?
A previdência complementar é uma opção elaborada para que você possa planejar o futuro financeiro da família, buscando manter o padrão e a qualidade de vida. Sua popularização é relativamente recente no Brasil, pois poucos conheciam o seu funcionamento antes da década de 90.
Por isso, muitas pessoas ainda têm um conhecimento relativo sobre ela e, em consequência, não usufruem de seus benefícios. O maior problema é que só percebem a sua importância, depois de muito tempo e fica mais difícil planejar sua contratação.
Pensando no tema, preparamos este texto. Entenda o funcionamento da previdência complementar e particularidades!
Índice
O que é a previdência complementar?
O próprio nome já diz, a previdência complementar é um investimento elaborado para ser somado à poupança e a Previdência Social, como forma de garantir um ganho proporcional ao que você já tem hoje.
Quando falamos proporcional, entenda que as necessidades na velhice são diferentes na juventude. Por exemplo, é muito provável que aumentem os gastos com a saúde e bem estar. Afinal, essa reserva é feita, justamente, para ser usada na velhice.
Sendo assim, esse é um investimento fundamental, principalmente após a última reforma da previdência. Ela deixou evidente que o modelo utilizado pelo poder público atualmente é insustentável e imprevisível. Com a variação demográfica no nosso país, é muito provável que novas mudanças ocorram antes que a maioria de nós se aposente.
A previdência complementar é contratada no setor privado e obedece a regras diferentes, que oferecem garantias as quais o governo não precisa se submeter. Por isso, vejamos algumas das diferenças entre essas duas modalidades previdenciárias.
Como ela se diferencia da previdência social?
A nossa Previdência Social adota um sistema chamado de regime de repartição. Basicamente, ele se caracteriza pela divisão do total de benefícios vigentes pelos contribuintes ativos. Em outras palavras, aqueles que estão trabalhando, pagam os benefícios daqueles que já se aposentaram.
Em um país como a população jovem, portanto, com muita gente trabalhando e poucos idosos, esse modelo funciona muito bem. Contudo, essa não é mais a realidade brasileira, o que faz com que o governo precise complementar os pagamentos para fechar a conta.
Obviamente, existem outras variáveis a serem consideradas. O nosso objetivo aqui é esclarecer as diferenças e não debater sobre o nosso sistema previdenciário. Sendo assim, vejamos como funciona o sistema privado, ou complementar.
Nesse caso, cada uma das contribuições efetuadas pelo contratante vai para sua própria conta, que tem o seu montante aplicado em investimentos diversificados e, ao longo do tempo, forma uma poupança. No momento da aposentadoria, esse total continuar a ser investido e uma parcela do montante será usada para pagar o benefício.
Existem várias formas para que seja feita essa retirada, como o benefício vitalício, que será pago até o falecimento do beneficiário e que também pode optar por recebê-lo durante um período específico. Com essa opção, ao término do prazo ele deixa de receber.
Desse modo, você pode usar esse ganho adicional para trocar de carro por meio de um financiamento, ou ainda pode escolher pela retirada de toda a poupança acumulada para quitar a casa própria, por exemplo. Ou seja, a flexibilidade é muito maior que no caso da versão pública.
Quais as vantagens da previdência complementar?
Diversificação de investimentos
O primeiro dele se refere a possibilidade de variar os seus investimentos. Essa é uma prática muito comum para diminuir riscos, pois mesmo que uma opção não corresponda ao que você imaginou, você pode contar com a compensação das outras. No caso da Previdência Social, ficou muito claro como a expectativa das pessoas pode ser frustrada.
Como na previdência privada o dinheiro é aplicado na sua conta, você não corre o risco de decidirem a distribuição. Além disso, os investimentos da sua poupança previdenciária também são diversificados, pois essa é uma prática comum adotada por investidores.
Sustentabilidade econômica
A sustentabilidade econômica é um pilar importante de qualquer sistema previdenciário que usa o regime de capitalização, como ocorre na previdência complementar. Todas as regras são definidas com o objetivo de garantir essa saúde financeira, que também tem impacto na economia nacional.
Como parte da poupança da previdência privada é investida em ações, ela ajuda o país a crescer. Em outras palavras, quanto maior for a poupança nacional, mais dinheiro haverá disponível e menores serão juros aplicados em empréstimos, pois haverá mais dinheiro disponível e eles também são sujeitos à lei da oferta e da demanda.
Manutenção do padrão de vida
Um os maiores receios com aposentadoria é não poder contar com o mesmo nível de rendimento da época da ativa, diminuindo o padrão e a qualidade de vida. Porém, a conta do supermercado, os gastos com o carro, as contas da casa e outras despesas continuaram subindo. A previdência complementar supre essa deficiência.
Flexibilidade
É preciso entender que na previdência complementar o dinheiro é seu e fica depositado em uma conta sua, o que garante maior flexibilidade com relação aos pagamentos e formas de recebimento. Você pode, por exemplo, definir por uma parcela mensal e fazer aportes maiores em determinadas épocas do ano, usando seu 13º ou qualquer outra renda variável.
Existem regras a serem seguidas, mas elas estão limitadas a necessidade de garantir a saúde financeira do plano, não estando sujeitas a opiniões políticas e dificuldades estruturais do sistema.
Já Previdência Social, funciona muito mais como um benefício oferecido pelo governo, com recursos angariados da mesma forma o que ocorre com os impostos. A sua participação e influência nas decisões que serão tomadas são muito limitadas.
Segurança
Por ser uma iniciativa privada, a previdência complementar passa por uma regulamentação rígida que exige garantias de quem opera nesse setor. Isso significa que esse operador não pode fazer o que bem entender com seu dinheiro. Existem regras e controles, do mesmo modo que ocorre com os seguros, seja o para terceiros, seja o de vida.
Ainda assim, você pode aumentar essa segurança ao optar por uma empresa sólida e estruturada, que esclareça as regras com transparência e trabalhe com uma abordagem consultiva, ou seja, busque a melhor solução para o seu problema.
Para concluir, considere que a Previdência complementar será mais bem administrada se ela for programada e planejada. Quanto antes pensar nisso, mais fácil será formar uma boa poupança.
Ficou com alguma dúvida? Gostaria de fazer alguma observação? Deixe o seu comentário abaixo!