Tudo sobre as velas de ignição do carro

Essenciais aos veículos à combustão, as velas de ignição estão entre os componentes mais importantes para o funcionamento do conjunto mecânico. Afinal de contas, você sabe o que são as velas e para que elas servem? Este é o tipo de curiosidade que pretendemos esclarecer nesta leitura.

Levando em consideração a importância das velas de ignição para a fluidez e economia do seu carro, elaboramos este conteúdo exclusivo sobre o tema. Então, não perca tempo, acomode-se na cadeira e acompanhe!

O que são as velas de ignição?

Como sugere o nome, as velas de ignição são peças estrategicamente criadas para potencializar a inicialização do motor — considerando, especificamente, as motorizações à combustão, abastecidas por gasolina e/ou etanol.

Tecnicamente, as velas são componentes pequenos, mas de enorme importância. Elas ficam instaladas dentro do cabeçote do motor, expostas à câmara de combustão. Como indicamos acima, o nome dessa peça é bem sugestivo — vela por “acender” e ignição por catalisar a combustão no interior da câmara.

Para entender a função da peça, é importante refrescar na memória como funciona, a grosso modo, um motor à combustão. Basicamente, o condutor abastece o veículo com o combustível. Ligando o motor, esse combustível é injetado na câmara de combustão.

Mas apenas essa injeção não é suficiente para produzir a movimentação dos pistões, que movimentam os cilindros e produzem a força de deslocamento. Para que isso efetivamente aconteça é importante que o combustível injetado entre em estado de queima e combustão.

É nesse momento que a vela entra em cena, emitindo uma faísca elétrica, que se transforma em centelha, incendiando a mistura de ar e combustível dentro da câmara e provocando a explosão controlada que movimenta os pistões — a chamada combustão.

Para que servem as velas de ignição?

Como demonstramos acima, o objetivo da vela de ignição é ser o componente que dá o “último empurrãozinho” para que aconteça a explosão controlada dentro do conjunto mecânico, a combustão. Sem as velas, os bicos injetores inserem combustível na câmara, mas nada acontece.

Inclusive, é por essa razão que o bom estado e funcionamento das velas é tão importante para a economia de combustível do seu carro. Por exemplo, em um veículo com velas gastas, a emissão da faísca é defeituosa e falha.

Quando isso acontece, há o desperdício de combustível, já que os bicos injetores continuam disparando a mistura de ar e combustível para dentro da câmara, mas sem a corrente elétrica provocada pela vela, não há combustão para mover os pistões e cessar a necessidade de combustível na câmara.

Por conta dessa cadeia de fatores, carros com velas gastas acabam se tornando “mancos e beberrões”. Em outras palavras, isso quer dizer que o veículo fica com uma aceleração anestesiada, além de gastar muito mais do que a sua autonomia convencional.

Como funcionam as velas de ignição?

Apesar de ser um tema mecânico, o funcionamento das velas é bem simples. Quando você dá a partida, girando a chave no contato, a central eletrônica do veículo comanda os bicos injetores, orientando a emissão de combustível para dentro da câmara.

Simultaneamente, as velas recebem o comando para serem acionadas. Quando isso acontece, as velas emitem suas faíscas ao mesmo tempo em que ocorre a injeção de combustível e ar na câmara. Com a junção desses elementos — faísca elétrica e combustível pulverizado com ar — ocorre a explosão, que provoca a força mecânica responsável pela movimentação dos pistões.

Com a movimentação dos pistões, o veículo tem torque — força mecânica — disponível para deslocar às rodas e, assim, provocar o deslocamento do veículo. Para aumentar a velocidade do deslocamento, basta acelerar, injetando mais combustível na câmara de combustão e intensificando o trabalho dos pistões.

Qual o tipo de manutenção exigido pelas velas de ignição?

Diferente de outros componentes mais expostos, como os pneus, as velas de ignição não podem ser tão facilmente diagnosticadas. Por isso, a identificação do desgaste na peça depende de uma análise feita durante uma revisão ou até mesmo de uma suspeita provocada pelos sintomas de velas gastas.

Além disso, é importante saber quando realizar a manutenção corretiva das velas, ou seja, a substituição das peças gastas por componentes novos. Aqui, é importante seguir a orientação de tempo ou quilometragem indicada pela montadora no manual do seu veículo.

No entanto, um consenso é de que as velas devem ser inspecionadas a cada 10 mil quilômetros rodados. Afinal de contas, como qualquer outra peça, as velas também são vulneráveis ao desgaste natural e inerente ao tempo de uso.

O que acontece quando as velas de ignição estragam?

Como destacamos, um carro com velas gastas apresentará uma aceleração menos vigorosa que o normal, além de um consumo muito maior do que o normal de combustível. Quando esses fatores acontecem juntos ou você abasteceu com combustível adulterado ou as velas podem estar no fim da vida útil.

Como aumentar a durabilidade das velas de ignição?

Sempre abasteça em estabelecimentos de absoluta confiança, que tenham boa reputação na sua região. Em nossa visão, essa é a dica mais importante, não apenas para a vela de ignição, mas para a saúde de todo o conjunto mecânico. Pode parecer exagero, mas garantimos que não.

Dizemos isso porque os combustíveis adulterados estão entre os piores vilões de um carro. Normalmente, misturas clandestinas incluem água, o que prejudica o potencial de combustão, exigindo muito mais do conjunto mecânico e prejudicando as peças no longo prazo.

Por isso, é fundamental desconfiar de postos com preços absurdamente baixos. Afinal de contas, não importa o quão caro esteja o combustível em determinada época do ano ou região, nada supera o custo e o transtorno altíssimo da retífica de um motor por completo.

Como pôde ver, o cuidado com as velas de ignição está sempre intimamente relacionado com os seus gastos de condução. Afinal de contas, se você optar por uma economia estrondosa no abastecimento, poderá prejudicar o veículo com uma mistura adulterada e, ironicamente, aumentando o consumo no seu trajeto e os custos no longo prazo.

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