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Guia do investidor iniciante: entenda todos os conceitos que você precisa dominar!

Como todos sabemos, a boa gestão financeira é um ponto fundamental para a nossa qualidade de vida. Sendo assim, elaboramos um conteúdo especial sobre esse tema, criando um guia introdutório para o investidor iniciante. Pois, afinal de contas, você sabe como começar a investir?

Em nossa visão, essa é uma curiosidade comum entre as pessoas que estão em busca de formas práticas, seguras e responsáveis de criar, proteger e aumentar o seu patrimônio no longo prazo. Então, aproveite o momento para mergulhar nesta leitura e descobrir mais sobre o tema. Vamos lá!

Quais as diferenças entre poupar e investir?

Em um primeiro momento, precisamos desfazer uma confusão comum sobre esse tema: poupar e investir são duas coisas completamente diferentes, ainda que relacionadas. Em essência, ambas as práticas fazem parte de uma conduta econômica e responsável, mas contam com algumas diferenças.

Poupar é o ato de guardar um saldo restante, por isso o nome: poupar, ou seja, evitar o gasto. É por essa razão que essa prática é tão importante para a nossa saúde financeira, pois ser um bom poupador significa que você está encerrando os meses no azul, isto é, gastando menos do que ganha.

Sendo assim, poupar é tanto um hábito quanto uma qualidade fundamental para quem deseja investir. Afinal de contas, se não existem recursos sobrando a cada mês, isso já é um indicativo de que não é a hora certa de começar. Nesse sentido, poupar é a primeira etapa para quem busca fazer economia.

Então, digamos que você atravessa esse primeiro estágio. Com disciplina, controle, responsabilidade e transparência, percebe que o seu orçamento familiar está bastante estável, previsível e saudável. Isso significa que todos os gastos mensais são cobertos com segurança e tranquilidade.

Além disso, a boa prática de poupar fez com que você acumulasse alguns meses com todos os seus custos pagos, garantindo um bom colchão de apoio na hipótese de alguma situação inusitada — a chamada reserva de segurança. Mas então, o que fazer a partir desse ponto?

Apenas acumular sobre o valor da reserva, poupando sem nenhum propósito especial? Pois bem, é aqui que entra a importância de uma segunda prática de responsabilidade econômica: o investimento. Esse é um hábito configurado pela prática consciente de pegar o valor residual do seu orçamento mensal e investir em determinado ativo.

O objetivo dessa prática é acelerar o crescimento do seu patrimônio, apoiando-se sobre o trabalho dos juros compostos, ou seja, quando a rentabilidade do dinheiro aplicado começa a se acumular e multiplicar por si mesma. É a isso que se atribui aquele dizer popular: faça o seu dinheiro trabalhar por você.

No entanto, é muito importante ser responsável e consciente sobre o mercado financeiro. De uma maneira geral, os melhores investimentos são aqueles com os quais você vai dormir tranquilo a cada dia, e não aqueles que te mantêm acordado, com receio de que tudo dará errado.

Por isso, a melhor forma de ingressar nesse mundo é com uma mente calma, isenta e com pensamento a longo prazo. A ambição de fazer milhões em poucos dias só serve para prolongar a sua jornada, uma vez que esse tipo de comportamento faz com que você fique mais vulnerável, confiando em influenciadores duvidosos, propostas mirabolantes e coisas do tipo.

Investir deve ser uma prática de acelerar a sua independência financeira, encurtando a distância entre você e os seus objetivos mais importantes, seja financiar uma carreira de estudos internacional para os seus filhos, garantir uma aposentadoria confortável e sem preocupações ou qualquer outra coisa do tipo.

Os investimentos, tanto na renda fixa como na renda variável, servem para facilitar a chegada ao seu objetivo. Como perceberá adiante, uns oferecem mais riscos em troca de maiores ganhos, outros são mais confortáveis, mas menos rentáveis.

O seu objetivo é encontrar ativos que sustentem a sua tranquilidade, tanto no curto como no longo prazo. É daí que vem a importância de investir naquilo que você conhece ou confia, seja na seleção de ações ou títulos da renda fixa.

Por que é importante investir?

Simplesmente porque investir acelera a conquista dos seus objetivos. O melhor exemplo disso é fazer uma comparação prática com o simples ato de poupar. Digamos que você está economizando para comprar um imóvel precificado em R$500 mil. Veja alguns cenários para alcançar essa marca:

  • guardando na conta-corrente, sem nenhuma rentabilidade — 8 anos e 4 meses, poupando R$5.000 todos os 100 meses do período;
  • depositando na poupança, rendendo cerca de 2% ao ano — 7 anos e 6 meses, aplicando R$5.000 todos os 90 meses do período;
  • investindo em títulos da renda fixa, rendendo cerca de 4% ao ano — 7 anos e 2 meses, aplicando R$5.000 todos os 86 meses do período.

Logicamente, esses são apenas cenários hipotéticos. Na realidade, como registrado no mês de junho de 2020, a taxa anual da poupança está em 1,58% — considerando que a taxa que ela usa como referência, a Selic, está em 2,25%.

Além disso, o ativo considerado para o exemplo 3, sobre o investimento na renda fixa, seria algo como uma LCI ou LCA, Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio, respectivamente. Como aprenderá ainda nesta leitura, esses produtos são isentos do Imposto de Renda, assim como a poupança, tornando a comparação justa.

Para além desses pontos, também deixamos de citar um cenário em que você investiria na renda variável, pois como sugere o nome, os ativos dessa modalidade são mais voláteis e menos previsíveis. No entanto, essa imprevisibilidade pode vir com certos pontos positivos.

Como exemplo, considere se você investisse no ETF BOVA11, que é uma cesta de ativos que espelha o índice IBOVESPA, que compila as 100 maiores, mais líquidas e volumosas empresas da bolsa brasileira. Entre 5 de dezembro de 2008 e 16 de julho de 2020 o BOVA11 subiu 174,12%, a uma média aproximada de 14,98% ao ano.

Isso significa que quem aplicasse mensalmente os mesmos R$5.000 durante:

  • os 139 meses desse exemplo, acumularia R$1.750.541;
  • ou apenas 5 anos e 6 meses para alcançar R$504.300,60, a meta do exemplo da casa.

Logicamente, o mercado da renda variável não apresenta um crescimento estável, mas muito mais como uma gangorra, seguido por quedas, altas e, em dados momentos, quedas violentas, e altas bruscas, como observado na crise provocada pela pandemia.

O nosso objetivo com exemplos é apenas demonstrar a habilidade prática que o investimento exerce sobre o seu dinheiro, que é acelerar o crescimento do patrimônio. Mas como você pôde ver, não existe fórmula mágica, mesmo sob a vigorosa média anual de 14,98% da bolsa brasileira, o exemplo ainda leva pouco mais de 5 anos para alcançar o objetivo.

No fim das contas, investir é importante para encurtar a distância entre você e os seus sonhos, seja na aquisição de bens, realização de planos, empreitada em novos projetos, ou simplesmente para garantir uma boa, confortável, tranquila e despreocupada aposentadoria de longa data.

Todo mundo pode investir ou é preciso ter um perfil ideal?

Todo mundo pode investir. Afinal de contas, essa é uma prática acessível e disponível a todos, indiferente à profissão, patrimônio ou patamar salarial. Mas o grande ponto dessa prática não está em sua acessibilidade, mas sim em sua compatibilidade.

A ideia de que investir não é para todos não surgiu por existir uma limitação financeira, mas sim por uma questão comportamental. Conforme explicamos anteriormente, o bom investidor precisa, antes de qualquer coisa, demonstrar uma postura de responsabilidade e eficiência com a gestão do próprio dinheiro.

Isso quer dizer que não é recomendável começar a investir se você ainda carrega algumas pendências, como dívidas, negativações ou, simplesmente, ainda não construiu uma reserva financeira. Não é como se essas coisas fossem impeditivos, como se as corretoras impedissem a abertura de conta após a verificação desses detalhes, nada disso.

Você pode abrir uma conta e investir, mesmo que esteja negativado neste exato momento. No entanto, esse não é o contexto certo. Nós dizemos porque, enquanto carregar dívidas e/ou não contar com uma reserva de apoio, qualquer situação emergencial impactará nos seus investimentos.

E essas retiradas não planejadas são muito prejudiciais para o seu patrimônio no longo prazo. Por isso, é importante estar com tudo em ordem antes de fazer a sua primeira aplicação. Aí sim você entra no mercado de cabeça limpa, sem ser pressionado por fatores paralelos como dívidas, dificuldades financeiras ou coisas do tipo.

Por isso, embora seja possível investir sem nenhum requisito primário, nós recomendamos fortemente que você avalie e, caso necessário, ajuste esses dois pontos iniciais: a quitação de débitos e a construção da reserva de emergência. Uma boa reserva deve acumular entre 6 e 12 meses dos seus custos de vida, todos pagos.

Com isso, você garante a estabilidade do seu padrão de vida por pelo menos um semestre, ganhando uma janela de tempo preciosa para a sua recolocação no mercado profissional ou elaboração de um novo projeto. Sem a reserva, qualquer situação inusitada que aconteça provocará o saque do que você tem investido.

Por onde começar minha educação financeira?

Esse é um ponto fundamental da sua jornada como investidor. Diferente do que muitos pensam, a educação financeira não é um tema chato. Na realidade, trata-se de um assunto que fornece as ferramentas necessárias para cuidar bem do seu dinheiro.

Além disso, a maturidade do consumidor brasileiro cresceu bastante nos últimos anos, a ponto de as empresas do mercado financeiro perceberem a entrada desses novos CPFs no mercado, assim veiculando várias campanhas de publicidade para conquistar esse novo público.

Lógico que toda essa euforia tem seus pontos negativos — vide o período em que as campanhas de publicidade perderam as estribeiras, sugerindo ganhos explosivos para captar clientes. No entanto, as coisas boas superam as ruins.

Atualmente, existe uma quase infinidade de canais e portais dedicados à sua educação financeira, como sites de corretoras, casas de análise, canais de influenciadores e por aí adiante. Um exemplo neutro e que merece a sua atenção é o portal Como Investir da ANBIMA, a Associação Brasileira das Entidades nos Mercados Financeiros e de Capitais.

Percebendo a necessidade de quebrar com a maldição do “economês”, esse portal explica os mais variados temas do mercado em uma linguagem prática, acessível e amigável, além de contar com o cuidado editorial e técnico de uma instituição de referência no mercado.

Além disso, essa educação não gira apenas em torno dos aspectos táticos da sua vida financeira, como as taxas de investimento ou até de financiamento na hora de comprar um carro. Na realidade, os ensinamentos dessa área vão além disso, trazendo conceitos de autocontrole, responsabilidade e disciplina.

Afinal de contas, essas são qualidades fundamentais para quem deseja alcançar uma qualidade de vida inerente ao dinheiro, ou seja, quando você deixa de se preocupar com a escassez dos seus recursos. Com o tempo, esses hábitos se tornam partes essenciais do seu comportamento, fazendo com que você aja de forma natural e responsável ao tomar suas decisões e interagir com o seu dinheiro.

Como identificar o meu perfil de investidor?

Já aqui, chegamos em um tema universalmente falado no ambiente financeiro: o seu perfil de investidor. Você lerá sobre isso em tudo quanto é lugar relacionado ao tema, seja em uma cartilha na visita à sua agência bancária, em portais de educação ou plataformas das corretoras.

Em essência, o perfil de investidor é uma persona atribuída a você depois da realização de um teste, que se trata de um questionário simples, com perguntas estratégicas sobre a sua relação com o seu dinheiro. O objetivo dessas perguntas é, basicamente, avaliar a sua tolerância ao risco.

Afinal de contas, todos querem retornos explosivos, mas não são todos que desejam se expor a seus riscos, e não há nada de errado nisso. Como já frisamos anteriormente, você tem que tomar as decisões que garantam uma boa noite de sono.

É por isso que o perfil de investidor é tão importante, pois ele ajuda você a balizar os seus investimentos em torno dos ativos mais compatíveis com a sua personalidade. Agora, sobre os perfis, a grosso modo existem três: arrojado, conservador e moderado.

O investidor conservador demonstra uma postura defensiva. O objetivo desse perfil é garantir uma boa rentabilidade, mas sem expor a segurança do patrimônio a grandes riscos. Para tanto, o conservador está feliz com investimentos de menor rentabilidade e maiores garantias, aplicando principalmente em renda fixa.

Em um segundo momento, existem os moderados. Os investidores com esse perfil entendem a importância de proteger o patrimônio, mas desejam acelerar o seu crescimento, com o máximo de responsabilidade possível.

Para isso, o investidor moderado adota uma estratégia mais diversificada, alocando a maioria dos seus investimentos em ativos previsíveis, mas posicionando uma parte dos recursos na renda variável, incrementando sua rentabilidade com um pouco mais de exposição risco.

Por fim, há o perfil arrojado. Assim como os demais, esse investidor entende a relação risco e retorno das suas decisões. No entanto, conscientemente, opta por investir a maior parte de sua carteira nos ativos da renda variável, seja em ações blue tickets, small caps ou até produtos ainda mais voláteis.

De forma geral, a atribuição a nenhum desses perfis está ligada ao excesso de experiência ou inexperiência, eles apenas retratam a sua tolerância ao risco, literalmente interpretando o quanto você está disposto a se expor para conseguir ganhos maiores.

Atualmente, a realização desse questionário existe em vários ambientes, como na abertura de conta na corretora ou no próprio site dessas instituições. Com isso bem definido, a plataforma pode sugerir ativos compatíveis com a sua expectativa e tolerância ao risco, aumentando a probabilidade de que você tome boas decisões.

Quais os ativos recomendados para um investidor iniciante?

De uma maneira geral, o mercado financeiro está inundado de alternativas de investimentos, tanto na renda variável, com as ações, índices, fundos, ETFs e afins, quanto na renda fixa, com ativos pré e pós fixados. No entanto, é importante saber identificar as melhores opções para o início da sua jornada.

Em nossa visão, os melhores ativos para quem está entrando no mercado são os ativos da renda fixa, principalmente os pré-fixados. Dizemos isso porque esses produtos são muito mais previsíveis, além de não contarem com a volatilidade apresentada no mercado de ações. Agora, conheça as nossas sugestões!

CDB

Sigla abrevia de Certificado de Depósito Bancário. Nessa modalidade de investimento, o dinheiro aplicado serve como um empréstimo direto para a instituição financeira emissora do título. Os CDBs podem ser tanto pré-fixados como pós-fixados.

Nos casos de pré, isso quer dizer que você já conhece a rentabilidade estimada antes de investir. Nos casos de pós, a rentabilidade estará vinculada a alguma taxa flutuante da economia, como a Selic, o IPCA, o CDI e por aí adiante. Agora, veja as vantagens do CDB:

  • são tributados regressivamente, o que significa que quanto maior o tempo da aplicação, menor o tributo cobrado sobre o valor rentabilizado;
  • até R$250 mil por CPF garantido pelo FGC, o Fundo Garantidor de Crédito, na hipótese de que a instituição emissora do título declare falência;
  • contam com títulos pré-fixados, garantindo previsibilidade na hora de investir;
  • em algumas instituições, o investimento mínimo parte de apenas R$100.

LCI e LCA

Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio. O objetivo desses ativos é captar o dinheiro aplicado pelos investidores e revertê-los para operações desses setores. As vantagens são:

  • são isentos de tributação do Imposto de Renda, justamente por ser uma modalidade de investimento que fomenta o desenvolvimento de setores estratégicos à economia nacional;
  • também contam com a garantia do FGC;
  • também contam com LCIs e LCAs pré-fixados, garantindo previsibilidade na hora de investir;
  • em algumas instituições, o investimento mínimo parte de apenas R$100.

O que são as classes de ativos?

Em essência, classes de ativos são categorias que agrupam investimentos de um mesmo tipo. De uma maneira geral, existem duas classes de ativos no mercado brasileiro: a renda fixa e a renda variável. Agora, confira uma breve noção dessas modalidades!

Renda fixa

Essa é a categoria que lista ativos de maior previsibilidade e menor volatilidade. Na renda fixa, entram investimentos como títulos públicos e privados, como Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA, CRI, CRA, debêntures e por aí adiante. Mas dentro da renda fixa existe mais uma subdivisão: os pré-fixados e os pós-fixados.

Os ativos pré-fixados já apresentam sua rentabilidade no momento da compra. Isso significa que ao olhar na plataforma, o ativo já indicará sua rentabilidade anual, como X,XX% ao ano. Já no caso dos pós-fixados, isso não acontece.

Com os pós, a rentabilidade está ligada a algum índice econômico variável, como a inflação ou a taxa de juros. Por isso, os títulos pós sempre apresentam sua rentabilidade da seguinte maneira:

  • X,xx% + IPCA ao ano;
  • X,xx% + Selic ao ano;
  • 100% do CDI ao ano;
  • e por aí adiante.

Isso quer dizer que os investimentos pós rendem conforme o desempenho da taxa ao qual eles estão vinculados. Nesse sentido, investir em um título lastreado ao IPCA (índice da inflação) pode significar a proteção do seu patrimônio do desgaste do real, pois o valor investido sempre estará protegido da alta inflacionária. 

Renda variável

Assim como a renda fixa, a renda variável faz jus ao seu nome, mas as semelhanças param por aqui. Na variável, os ativos são negociados no amplo mercado, a B3, a bolsa de valores brasileira. Os investimentos da variável se comportam conforme a oferta e demanda em torno deles.

É aqui que entram os índices ETFs, ações, opções, contratos cambiais, fundos, FIIs e afins. Nada na renda variável é pré-fixado, pois tudo se comporta de acordo com a livre interação dos agentes do mercado, os investidores.

Como acompanhar meus ganhos?

O monitoramento dos seus ganhos, assim como da sua carteira como um todo, deve ser realizado por meio de alguma plataforma de gestão. Normalmente, a sua corretora de valores já oferece essa ferramenta, amplamente conhecida como home broker.

Nesse software, que pode ser tanto web como mobile, você consegue acessar o seu portfólio, que compila e apresenta todas as suas posições, seja na renda fixa ou na variável. Com esse painel, você acessa informações dos seus ativos, observando a sua evolução patrimonial.

Como diversificar a minha carteira?

Já aqui, chega o momento de falar da estratégia mais clássica e funcional para a proteção do seu patrimônio: a diversificação. O objetivo dessa tática, utilizada por todo investidor responsável, é evitar a concentração do seu patrimônio em um único ativo, setor ou modalidade.

Para isso, a estratégia recomenda uma distribuição harmônica do seu capital em várias áreas, literalmente orientando para que você não deixe todos os ovos em uma mesma cesta. “Ah, mas eu tenho perfil arrojado. Vou 100% de bolsa mesmo, o retorno será maior”.

Ok, a expectativa de retorno de fato é maior, mas a exposição ao risco também o será. Quer um exemplo disso? Então, imagine que você estivesse posicionado 100% em bolsa entre os dias 23 de janeiro e 23 de março de 2020. Para a IBOVESPA, esse foi um período turbulento, em que o índice despencou mais de 46%.

Se você estivesse completamente mergulhado na bolsa, poderia perder metade do seu patrimônio, ou até mais, considerando que estivesse posicionado em setores severamente impactados pela crise, como as aéreas, hoteleiras e turísticas.

Com a distribuição harmônica do seu patrimônio, você evita essa exposição desnecessária. Então vamos a um exemplo prático da importância da diversificação. Veja!

Cenário 1 – 100% posicionado em bolsa

  • R$1.000.000 aplicados no BOVA11;
  • índice despenca 46,93% entre 23/01 e 23/03 de 2020;
  • você chega em 23/03 com apenas R$530.700.

Cenário 2 – 20% posicionado em bolsa, 80% na renda fixa pré-fixada

  • R$200.000 aplicados no BOVA11;
  • R$800.000 aplicados em um CDB pré 3% ao ano;
  • índice despenca 46,93% entre 23/01 e 23/03 de 2020;
  • você chega em 23/03 com R$106.140 na renda variável e R$803.950,89 na renda fixa, totalizando R$910.090,69;

A conclusão é que a responsabilidade do cenário 2 amorteceu a perda total, atacando apenas 9% do seu patrimônio, enquanto a euforia do cenário 1 levou quase metade embora — vide R$910 mil versus R$530.700.

Como você pôde ver, o mundo dos investimentos é muito mais do que a euforia retratada pelas bolsas. De uma maneira geral, a economia sempre favorece aqueles que pensam no longo prazo, seja das decisões mais simples às mais complexas e duradouras da sua vida.

Agora que você já sabe as melhores noções para embarcar no mercado como um investidor iniciante, aproveite o momento para continuar aprendendo em nosso portal, descobrindo os pontos de atenção ao escolher uma boa corretora de seguros!

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